Célebros são socialmente bem sucedidos quando vence os músculos.É difício administrar coalizões porque os indivíduos competem pelos os melhores aliados e qualquer aliado de hoje pode ser um rival amanhã. Os indivíduos devem reavaliar constantemente a disposição,o estado de espírito e as estratégias uns dos outros e alterar o seu próprio comportamento de acordo com isso. Os indivíduos podem também ser enganosos escondendo deliberadamente seu sentimentos com expressões faciais mascaradoras ou gritando para fingir que forão atacados quando seu motivo real é arregimentar partidário.O resultado é um melodrama de afetos em perene transformação,alianças, hostilidades e uma constante pressão para levar a melhor sobre os outros Esse texto analiza o comportamento de um grupo de chimpanzés Sr:Paulo Roberto Jeitinho brasileiro Por definição: o “jeitinho” brasileiro representa, em uma expressão de fácil entendimento, a malandragem histórica do nosso povo. Malandragem com a qual temos contato desde pequenos e ouvimos constantemente nos meios de comunicação e, indiretamente, presenciamos nos atos das pessoas. Há quem tenha orgulho do “jeitinho”, que por ser tão comum, até prefiro omitir as aspas. No entanto, a idéia do malandro está associada à esperteza, como se houvesse algo de esperto em dizer “odeio político ladrão, mas se estivesse no poder, também roubaria”. O cidadão heroicamente afirma que tem orgulho de ser brasileiro e por isso naturalmente faz uso do jeitinho, mas não percebe que esta “marca nacional” é uma das impulsoras do nosso regresso. Na prática, o jeitinho é uma maneira da pessoa se colocar entre o certo e o errado. Ela sabe que o que está fazendo não é moralmente correto, mas perdoa a si mesmo porque também sabe que estará saindo na vantagem. Assim, qualquer transgressão é justificada, e a pessoa vai vivendo seguindo a Lei de Gérson: “O importante é obter vantagem em tudo”. Aquele velho papo de que os valores estão invertidos – ou subvertidos – fica ainda mais presente. Qualquer ato que deveria servir como exemplo de moralidade torna-se inútil, pois a sociedade chega a ponto de ser tão materialista que ignora a ética, a moral e outros valores que não são palpáveis. A partir daí, o convívio social vira algo desregrado, e não estou falando de leis, estou falando de sensibilidade coletiva. Muitas leis não seriam necessárias se as pessoas tivessem a noção dos seus limites, obedecendo a liberdade dos outros. Ter orgulho do jeitinho é, sem mais, aceitar toda a situação presente que adoramos criticar. Sei que roubar uns milhões é diferente de subornar um policial, mas ambas as situações estão no mesmo patamar ético, partiram de uma mesma iniciativa extremamente egoísta. Viver na surdina, burlar as regras, fazer vista grossa às normas e muito mais podem até dar um gosto de aventura, entretanto deve-se perceber que exaltar o individual em detrimento do coletivo é uma forma ignorante de suicídio. Sem notar, a sociedade vai cortando seus pulsos de pouquinho em pouquinho. Numa morte lenta e deliciosamente terrível. Essa é a sua postura lamentável Sr:Paulo Roberto