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Outros assuntos que não são especificamente sobre loteria. Aqui é o local para o bate-papo mais descontraído e para trocar ideias sobre temas que não fazem parte do foco principal do fórum.
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fui dar uma olhada na pagina loterias online, 15 minutos de espera, deixei lá chegou a 8 minutos, voutou para 12 , chegou a 8 voltou para 12, chegou a 8 votou para 9 , agora tá em 10 minutos de espera e isso já tem 30 minutos da pagina aberta kkkkk serio, como nao implementaram um sistema de colar ou digitar as dezenas , paradas por virgula ou seja la oque, ficar escolhendo dezena por dezena , descer a pagina para colocar no carrinho numa pagina dessa nao faz sentido
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Meu amigo William Shakespeare escreveu: "Há mais mistérios entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia" O meu amigo Voltaire, filosofo francês do século XVIII disse: “O mundo me intriga. Não posso imaginar que este relógio exista e não haja relojoeiro.” E eu pobre mortal que não entendo bulhufas dos mistérios do mundo e da mente, fico abismados com alguns acontecimentos ou pensamentos. Que intrigam, é fato. Fico com uma frase que gosto muito: "A vida não é para ser pensada, mas vivida". E vamos que vamos, pois 2026 está chegando e eu quero festejar a passagem do tempo. Boa Sorte com seu jogo.
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...não sou supersticioso mas acredito que ajam forças misteriosas e desconhecidas regendo o universo alem das cientificamente conhecidas e as vezes uma dessas forças encontra a linha tecida do destino de alguem e a lei de murph age a seu favor criando uma situação favoravel e ajudando de alguma forma , hoje fui fazer minha jogatina habitual na LM, muito calor e fila ja cedo na loterica antes mesmo de abrir, estava eu lá pensando com meus botões umas 15 pessoas a minha frente e mais umas 15 atras dai senti um toquinho rapido no meu ombro direito, olhei pra tras e não foi ninguem , aí olhei pra cima e foi um passarinho pousado no fio que me acertou com um "boa sorte", era um filhote de pardal saindo provavelmente pela primeira vez pro mundo, ele fazia aquela dancinha nervosa e piados pedindo comida pra mãe, não passei a mão na camiseta pra limpala reflexo natural de qualquer pessoa, fiquei com a boa sorte do passarinho , fiz a jogatina e agradeci o passarinho por me desejar boa sorte. Feliz Ano Novo .
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Os números que nunca saíram na Mega da Virada são: 07, 08, 09, 13, 26, 28, 39, 44, 54 e 60
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Os números que nunca saíram na Mega da Virada são: 07, 08, 09, 13, 26, 28, 39, 44, 54 e 60
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Feliz Ano Novo! Naquela última semana de dezembro, o calendário parecia cochichar promessas. As folhas iam se despedindo uma a uma, como quem diz: agora vai. Mas o ano novo, ali quieto na esquina do tempo, não trazia mudança alguma nos bolsos — nem nas ideias. Era comum ver gente esperando a virada como quem espera um milagre: bastava o relógio marcar meia-noite e, pronto, tudo se ajeitaria. Só que a tal “virada da chave” não morava no calendário. Morava dentro. E exigia mais do que fogos e roupa branca. Alguns juravam que, desta vez, iriam emagrecer, economizar, mudar de vida. Juravam com convicção, mas sem plano, sem passo, sem começo. Promessas soltas, como desejos soprados ao vento. Porque mudar não é desejar — é planejar, dividir o caminho em trechos pequenos e caminháveis, e seguir, mesmo quando o entusiasmo acaba. Havia também quem acreditasse que bastava renovar o guarda-roupa. Ano novo, roupa nova, mentalidade antiga. As mesmas desculpas, os mesmos hábitos, os mesmos atalhos. Nenhuma camisa branca dá conta de esconder velhos medos nem preguiças bem cultivadas. Um dos males do verão é que o calor é tanto que afeta o raciocínio, e começamos a delirar no mundo lotérico. O sonho de que a Mega da Virada vai mudar tudo é apenas isso: um sonho de verão — mais precisamente, de fim de ano. E lá vamos nós, acreditando que a cigana leu a nossa mão e disse: você é um homem de sorte, faça seu jogo. (Isso foi há dois mil anos atrás, e eu sigo acreditando que ela ainda vai acertar a previsão.) Os que avançavam um pouco mais sabiam que ser proativo dói. Envolve risco, erro, tentativa. Exige aceitar desafios, olhar oportunidades com menos medo e aprender com os tropeços passados, em vez de usá-los como álibi para não tentar de novo. E, acima de tudo, havia os raros que sabiam onde queriam chegar. Tinham objetivos claros — para o corpo, para o trabalho, para os afetos, para si mesmos. Não metas vagas, mas destinos definidos. Porque quem não sabe o rumo acaba comemorando qualquer chegada. No fundo, o ano novo não começa em janeiro. Começa no dia em que alguém decide agir. Hoje. Com o primeiro passo, ainda que pequeno, ainda que imperfeito. Assim, entre uma folha caída do calendário e outra, ficava o recado simples e incômodo: para um ano realmente novo, não basta esperar. A palavra-chave é atitude. E ela não aceita adiamento.
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tinha um intel terceira geração, mas a placa morreu de vez, fui ceco numa promoção de um xeon , aí quando vi nao tinha nem sata 3 nem usb3 mas por estar sem pc e pelo preço 171 reais, acabei ficando , as memorias ddr4 eu já tinha pego numa promoção antes do remeça conforme, tava tudo legal apesar de muito mais lento que o intel de terceira geração, mas aí quando acabou o periodo de devolução a placa começou a dar travamentos , já testei fonte e memorias em pc de terceiros e tá tudo ok, se fosse incompatibilidade com as memorias teria dado ruim já no inicio
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que pc vc tem o mesmo
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San to Deus de volta a casa do Fórum. Que bom.. Boa sorte
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Entre os pés de coelho e os amuletos da sorte tenho investido tempo maratonando a série "Os Simpsons", pois vai que não vi a mensagem subliminar do homer envolvendo 2025, Brasil e a Mega né? Caso não dê em nada , as risadas estarão com garantia fechadas em 100%! Boa sorte a tds!
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nao sei se vou apostar, mas me deu vontade de mexer novamente nas planilhas aqui, sim claro, o pc, porcaria de pc, tirei um dos pentes de memoria e diminuiu a frequencia de travamentos, mas tbm ficou muito mais lento, fui testar uma nova ida com a planilha com rede neural fann, kkkk, mas e agora para lembrar como funciona isso , fiquei tanto tempo focado em outras coisas como saude que to aqui procurando a planilha com a funcionalidade certa já que fiz muitas versões tentando melhorar e com as panes do pc muitas corromperam Edit: descobri que a planilha faz o pc travar com mais frequência, mesmo estando só aberta sem estar mexendo no pc nao sei se é pela versão do excel "2010" no win10 ou por estar ocupando mais memoria
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existe lei da atração além de coisas físicas?
iziplay replied to a topic in Boteco's Outros Assuntos
1. Visão espiritual / filosófica Nessa abordagem, a lei da atração atua sobre: Emoções (paz, ansiedade, medo, confiança) Relacionamentos Experiências de vida Oportunidades Sentido e propósito A ideia central é: Aquilo que você sustenta internamente (pensamentos, crenças, emoções) tende a se refletir externamente. Não porque o “universo magicamente entrega”, mas porque: sua atenção muda, suas escolhas mudam, seu comportamento muda. 2. Visão psicológica (mais aceita cientificamente) Aqui não se fala em “lei”, mas em mecanismos cognitivos reais, como: Atenção seletiva Você passa a perceber mais aquilo que está alinhado com seu foco. Ex.: quando você decide comprar um carro vermelho, começa a vê-los em todo lugar. Profecia autorrealizável Crenças influenciam ações, e ações influenciam resultados. Quem acredita que sempre será rejeitado tende a agir com insegurança — e acaba sendo rejeitado. Regulação emocional Estados mentais influenciam: comunicação tomada de decisão persistência Isso atrai certos tipos de respostas das pessoas, não eventos místicos. 3. Visão neurocientífica (onde termina o “místico”) O cérebro: cria modelos internos do mundo age para confirmar esses modelos Isso significa que você “atrai”: experiências compatíveis com seus hábitos mentais não por energia invisível, mas por probabilidade e comportamento 4. Onde a lei da atração NÃO funciona Não substitui ação Não ignora contexto social, econômico ou biológico Não garante resultados específicos Pensar positivo não faz chover dinheiro, mas pensar de forma estruturada aumenta a chance de decisões melhores. 5. Uma forma mais precisa de dizer Em vez de “lei da atração”, seria mais honesto chamar de: Lei da coerência interna Quando: pensamentos emoções decisões ações estão alinhados, o resultado tende a ser mais consistente. -
Procurei pelas esquinas da vida alguma previsão baseada em qualquer coisa para me agarrar e só achei uma IA intrometida que me deu o seguinte palpite. --- PREVISÃO ESTRATÉGICA (Top 3 por Posição) --- Posição 1 (do menor pro maior): [3 (18.1%), 4 (16.2%), 8 (10.1%)] Posição 2 (do menor pro maior): [5 (14.5%), 10 (8.7%), 16 (6.3%)] Posição 3 (do menor pro maior): [46 (13.1%), 23 (7.9%), 15 (5.1%)] Posição 4 (do menor pro maior): [44 (11.8%), 29 (6.6%), 52 (5.4%)] Posição 5 (do menor pro maior): [56 (11.4%), 57 (8.1%), 52 (8.0%)] Posição 6 (do menor pro maior): [59 (23.4%), 60 (10.8%), 58 (10.8%)] Vou fechar um olho e arriscar só um zóio.
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Não se esquecer de na Mega da Virada colocar dzs com finais 0,2,5
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Foi pura coincidência: hoje de manhã vi uma senhora com um volante da Mega-Sena preenchido, entre os papéis que ela manuseava. Brincando, pedi que me contasse os números que havia marcado. Imaginei que ela fosse negar ou desconversar, mas para minha surpresa aproximou o bilhete dos olhos, para enxergar melhor, e disse: “02 e 33”. Respondi sorrindo: — Está ótimo, só esses dois já bastam. Não quero atrapalhar a sua sorte. Ela riu e retrucou: — Que nada! Quem sabe não ganhamos juntos? E logo revelou mais um número: 47. — Por favor, não me conte os outros — pedi. Ela então sorriu e disse: — Você não quer dividir o prêmio comigo? — Não é isso. Só não quero interferir na sua sorte. Eu, claro, já decidi: vou colocar esses números no meu jogo.
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Olá, eu imaginei que perguntando pra alguma IA, ela iria me responder caridosamente sobre a previsão da mega da virada de 2025... Ela respondeu o óbvio blá-blá-blá é aleatório, daí restou o decaimento radioferroviário* , bom como todos imaginam a previsão é em função de grupos menores, grupos maiores tem ciclos amplos e desvio proporcional portanto atrasam mais naturalmente. Sem mais delongas, um conjunto de 4 dezenas para acerto de 2 dezenas: 02-06-23-29 -> Escolha 2 dezenas para fixar e exclua as outras 2, porém como sabem C(4;2) = 6, ou seja há 6 conjuntos de 2 dezenas que podem sair e há obviamente 6 conjuntos de 2 dezenas que podem não sair. Pode sair 3 dezenas ? R.: Pode, vai sair quantas ? R.: sinceramente acho que 2, vai ser no concurso da mega da virada ? R. bom está atrasado desde o 2676, entretanto o Limite do Possível (série francesa...) seriam 292 concursos de atraso, revejam: Então pode-se acompanhar o atraso até o limite... Claro que em algum momento do grupo das 4 dezenas irá ser sorteado ao menos 2... E se o decaimento calcular sair 2 de um set de 3 ? Daí a qtd de sorteios mudam e teremos então outros conjuntos, revejam: Esse daí a última vez que sorteou 3 foi no concurso 2504, então 2954-2504 = 450 sorteios de atraso para ao menos 2 em 3, e o limite 454 sorteios, claro que pode sortear antes ou muito depois, vejam o cálculo... Em outras palavras, fica a critério de cada um, acreditar na matemática do decaimento ou tentar refutar... Porém, é muito improvável que ocorram simultaneamente os dois eventos ou seja sair 2 dezenas do conjunto de 4 e 2 dezenas do conjunto de 3, o que daria 6*3 = 18 palpites de quadra onde 1 delas acertaria exatamente 4 dezenas... Eu diria então em ritmo de pré-natal que o decaimento, afinal, é a alma da probabilidade. Feliz 2026 a todos os sonhadores anônimos, Sds, Sphgf
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A Previsão da Mega da Virada Na última semana de dezembro, o Brasil entra oficialmente em modo “quase rico”. O cheiro de panetone se mistura ao som de calculadoras mentais, fazendo contas mirabolantes sobre o que o prêmio vai proporcionar. É quando a Mega da Virada deixa de ser um simples sorteio e vira uma obsessão nacional. Na padaria, o padeiro não pergunta mais se você quer pão francês; ele quer saber se você já jogou e como escolheu os números. E ninguém estranha. Dona Marta, que pechinchou cinquenta centavos no café, já decidiu que vai comprar um apartamento em Paris — “pequeno, só pra passar o verão europeu”. Seu João, que jura que dinheiro não traz felicidade, já escolheu até a cor da lancha. A felicidade, pelo visto, viria em branco perolado. Mas o grande estrategista do bairro é o Seu Tião. Enquanto a fila da lotérica avança, ele ignora as estatísticas e foca no místico. Não joga sem antes consultar a Dona Josefa, uma cartomante que, segundo ele, "enxerga o futuro em 4K". Tião garante que a combinação vencedora veio desenhada na borra do café, confirmada por uma cigana que leu sua mão na rodoviária. “Os números estão quentes, Josefa não erra”, murmura ele, guardando o bilhete como se fosse a escritura de posse das Ilhas Maldivas. As filas parecem assembleias criativas. Cada pessoa tem um projeto social, empresarial ou interplanetário. Um quer ajudar toda a família; outro quer abrir um bar só para amigos. Um terceiro quer sumir do mapa, mas mantendo o WhatsApp ativo “só pra postar status”. Na ceia de Ano Novo, o fenômeno se intensifica. O espumante barato vira champanhe francês por imaginação espontânea; o peru seco ganha status de banquete imperial. Entre um brinde e outro, surge o debate: as dezenas da Josefa contra os números que o primo sonhou. “Imagina se a gente confere agora e os números da borra de café estão lá?”, alguém solta. Mas ninguém confere na hora. A superstição, afinal, é a alma do investimento. À meia-noite, os fogos estouram no céu e, por alguns minutos, todo mundo é milionário. Apenas na expectativa, mas milionário. A esperança sobe mais rápido que os rojões, e o futuro parece finalmente organizado — mesmo sem planilha. Quando os números saem e o bilhete de Seu Tião continua sendo apenas um papel, não há frustração real. Há filosofia. “Também, muita gente consultou a Josefa e ela, de cansada, se equivocou”, consola um. “Ela deve ter confundido o 6 com o 9 por causa da inclinação da xícara”, justifica o outro. E pronto: o sonho devagar se dissipa, se dissolve e evapora com o aroma do café… até o próximo dezembro.
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Ganhar na loteria é um evento tão improvável que, quando acontece, a primeira reação não é alegria — é desconfiança. A pessoa confere o bilhete 17 vezes. Depois confere o site. Depois confere outro site. Depois liga pra mãe, que diz: — “Cuidado, isso é golpe.” Só então o cérebro aceita: ficou rico. Nesse exato momento, surge um talento novo: gastar dinheiro que ainda nem caiu na conta. A pessoa já comprou uma casa, um carro, um sítio, um helicóptero e uma cafeteira italiana que custa mais que o carro antigo. Amigos que você não via desde 1998 aparecem com frases emocionadas: — “Lembra de mim? A gente respirou o mesmo ar no ensino fundamental.” Parentes distantes viram próximos. Primos que você nunca ouviu falar agora te chamam de “meu irmão”. Todo mundo tem um projeto incrível: padaria gourmet, aplicativo revolucionário, criação de alpacas orgânicas. O mais curioso é que o ganhador continua sendo a mesma pessoa… só que agora ele diz: — “Não é sobre dinheiro, é sobre liberdade.” …enquanto escolhe entre viajar pra Maldivas ou pra Bora Bora na terça-feira. E no fim das contas, depois de toda a euforia, a maior mudança é simples: o café continua quente, o boleto continua chegando… mas agora ele é pago sem chorar. Porque ganhar na loteria não resolve todos os problemas — só troca eles por problemas cinco estrelas .
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Na esquina da padaria, havia sempre dois tipos de jogadores. O primeiro chegava munido de óculos grossos, planilhas imaginárias e um ar de quem estava prestes a revelar os segredos do universo. Passava horas analisando tabelas, estatísticas e padrões invisíveis a olho nu. Falava da sorte como se fosse um erro matemático prestes a ser corrigido. Curiosamente, nunca comprava o bilhete. — Ainda não é o momento ideal — dizia, como se o acaso tivesse agenda. O segundo aparecia sorrindo, sem método algum que merecesse respeito acadêmico. Pegava o bilhete, rabiscava números aleatórios — alguns claramente escolhidos por puro capricho — e seguia para a lotérica ao lado fazer sua fezinha. Não falava de probabilidades, nem de teorias. Jogava por um motivo simples e inegavelmente inconveniente para os especialistas: queria jogar. Foi ali que entendi: a vida funciona exatamente assim. Os muito inteligentes, com frequência, vivem trancados dentro da própria cabeça. Simulam cenários, antecipam catástrofes, refinam hipóteses até que nenhuma delas sobreviva ao excesso de lógica. O cérebro, zeloso, filtra tudo. Nada passa. É uma loteria perfeita, sem erros — e sem apostas. Os outros, menos comprometidos com a genialidade, vivem no mundo real. Erram sem pedir licença, acertam sem saber como, tropeçam com dignidade duvidosa e levantam sem tese para defender. Não preveem resultados; produzem consequências. Entram na arena sem garantias, sem gráficos e, pior ainda, sem desculpas sofisticadas. No fim, não é sobre ganhar ou perder — até porque quem nunca joga também nunca perde, o que soa reconfortante, mas não impressiona ninguém. É sobre participar. Comprar o bilhete, dar o passo, errar em público: tudo isso vale infinitamente mais do que mil planos perfeitos cuidadosamente guardados para um futuro que nunca chega. A vida não premia apenas quem calcula. Aliás, quase nunca. Ela costuma favorecer quem aceita o risco, quem se expõe ao acaso e quem entende, mesmo contra toda lógica, que não há número certo para começar — apenas a decisão incômoda de jogar. E talvez o maior golpe de sorte seja esse: parar de esperar a combinação perfeita e, com uma ponta de ironia e outra de coragem, finalmente entrar no jogo e quem sabe rir atoa o resto da vida.
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Tesouro Direto é um programa da Secretaria do Tesouro Nacional do Brasil lançado em 7 de janeiro de 2002 em parceria com a B3 com o objetivo de democratizar a compra e venda de títulos públicos federais para pessoas físicas de forma 100% online. https://www.gov.br/tesouronacional/pt-br/divida-publica-federal/mercado-interno/tesouro-direto https://www.tesourodireto.com.br/
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tem como para de trabalhar ganhando 1.5 milhoes?
Dazwanzig replied to lotoz's topic in Boteco's Outros Assuntos
claro que tem ! tem gente que não trabalha por meros 600 reais por mes !!! -
Que texto gostoso de ler — irônico, inteligente e com aquele humor tragicamente brasileiro. É isso mesmo. Saudações
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Mega da Virada Todo fim de ano, milhões de brasileiros repetem o mesmo ritual: fazem seus joguinhos da Mega da Virada, acreditando que o final de ano será, finalmente, "o ano da virada". É uma tradição nacional, uma mistura de fé, estatística caseira e aquele otimismo teimoso que só o brasileiro entende. Recebo mensagens pedindo "matrizes milagrosas", como se existisse uma chave secreta para abrir o cofre da Caixa. Explico sempre que não basta ter matriz nenhuma: o segredo — se é que existe — é acertar os números dentro do conjunto que você escolheu. É aí que entram os tais filtros. Quais filtros? Quais intervalos? Alguns juram que só uma inteligência artificial conseguiria resolver esse quebra-cabeça. Eu respondo: nem ela. Para conversar com a IA não basta o "beabá"; é preciso lógica, estatística e, principalmente, entender que loteria trabalha com probabilidades — e probabilidades adoram lembrar que não prometem nada a ninguém. Como todo mundo também faço meus joguinhos com esperança. E o mais irônico: não preciso ganhar na loteria para viver tranquilo até o fim da vida... desde que eu morra amanhã. O brasileiro sonha alto, mas sempre com um pezinho no precipício. A Mega da Virada é quase um evento esportivo. Filas nas lotéricas, bolões improvisados no trabalho, promessas absurdas feitas em voz baixa. O país inteiro se une para apostar contra o improvável — e é justamente essa improbabilidade que torna tudo tão emocionante. A chance é mínima, mas o sonho é gigantesco. O bilhete vira passaporte para casas na praia, viagens, carros e até uma vida sem boleto (a verdadeira fantasia nacional). Poucos lembram que por trás desse encanto existe uma matemática implacável. Não há número quente, sequência mágica ou santo padroeiro da dezena. Há apenas combinações — milhões delas — todas com a mesma chance. Os filtros entram para dar a sensação de que estamos jogando "com inteligência". Na prática, é só a nossa tentativa elegante de negociar com o acaso. No fim, talvez o maior prêmio nem seja o dinheiro, mas sim a esperança. A Mega da Virada permite que, por alguns dias, todos acreditem que o impossível pode acontecer. E alguém rico de esperança, mesmo sem acertar um único número, já experimenta um gostinho de ser milionário. Afinal, sonhar ainda é grátis — pelo menos por enquanto.
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A Mandinga do Dia Seu João puxou mais uma tragada do cigarro de palha, olhou o horizonte como quem decifra presságios e disse: — Vou jogar, sim. Sonhei com a vaca e vou apostar no grupo, na centena e no milhar. Falou do sonho com a firmeza de quem acredita que o mundo manda recados, basta saber ouvir. E João, teimoso como todo bom caboclo, achava que entendia tudo: sinal de vaca não era metáfora, era aviso. Deu de ombros, apagou o cigarro na sola da botina e partiu rumo à banca. No caminho, encontrou Zé 14 — homem miúdo, mas cheio de histórias largas. Jurava que, antes do sol nascer, vira um passarinho entrar pela janela da cozinha, bater asas três vezes e ir embora sem nem bicar o pão amanhecido. Para ele, isso era sentença: águia na certa. Já estava com o dinheiro separado no bolso, bem dobrado, como quem guarda uma promessa. Tinha o apelido de Zé 14 porque havia ganho no jogo do bicho apostando no número 14. Ele pensava que estava jogando no gato (grupo 14) devido a um erro de comunicação com o compadre Fernandinho. Indagado qual era o bicho referente ao gato, o compadre respondeu “14”. E Zé, que nunca havia jogado no bicho, foi e apostou um valor alto no número 14 — que, na verdade, corresponde à borboleta. Não é que deu 14? Ganhou porque vale o escrito; se valesse a intenção, ele teria apostado no gato. Dona Zefa, mulher já de idade, moradora da rua “do meio” — como se dizia da rua central de uma cidade tão pequena quanto a nossa — mexia a borra do café com ar cerimonioso. Ela olhou a borda da xícara, suspirou fundo e declarou: — Eu vi um cavalo aqui. A cabeça, o focinho, até o rabo... Hoje eu ganho, meu filho! Ninguém ousava duvidar da borra de café de Dona Zefa. Dizia-se que ela já tinha acertado grupo e milhar só observando a borra. Se era verdade ou lenda urbana, ninguém sabia. Mas no jogo do bicho o que vale é fé — e isso nunca faltou para Dona Zefa. Mas, naquele dia, o sinal mais comentado não vinha nem das borras, nem dos sonhos, nem do voo dos pássaros. Vinha de uma cigana que estava acampada no final da rua “do meio”. Alta, envolta num lenço vermelho que mais parecia chama viva, com pulseira, brinco e colar dourados que ela dizia ser de ouro, rodava um baralho puído entre os dedos como quem embaralha destinos. Muitos diziam que ela enxergava o futuro; outros, que inventava tudo para vender “sonhos”. Mas bastava erguer os olhos para alguém jurar que, naquele olhar escuro, havia um aviso escondido. Toninho mesmo passou por ela e ouviu: — Tudo o que sobe, desce, e hoje vai dar na cabeça. Ele parou, desconfiado. — Como é? A cigana sorriu, daquele jeito que só quem domina segredos sorri. — O bicho de hoje. A frase correu o bairro mais rápido que notícia boa. Uns disseram que era águia, outros juraram que era borboleta, galo, macaco. O povo passou parte do dia discutindo a qual bicho a cigana se referia. Teve tanta aposta no jogo do barão, que o apontador teve que repassar as apostas para não quebrar a banca. Na maioria, apostaram no macaco — e deu galo. A cigana ria e se vangloriava de ser profetisa da sorte, dizendo a todos: — Eu não falei? Eu não falei? E dizem que até gente importante se rende às mandingas. A avó do ex-prefeito de Salvador, Mário Kertész, por exemplo, tinha seu ritual infalível: enchia um copo d’água até a boca e arremessava contra a parede. Depois, todos se aproximavam para interpretar o desenho da água: se parecia chifre, era vaca; se lembrava orelha de burro, era burro. Entre os respingos, ela jurava que a sorte se revelava ali — sem erro, sem dúvida, sem medo. E quase sempre acertava. E assim o bairro seguia, cada qual com sua crença: um sonhava com bicho, outro via sinal no vento, outro jurava que cigana nunca fala à toa. No fundo, o jogo do bicho era menos aposta e mais conversa — uma forma de manter o dia interessante, de dar sentido aos acasos, de brincar com o destino. Independente do resultado, ninguém ficava triste. Pelo contrário: todos riam, juravam que entenderam mal o sinal, contavam novas histórias e prometiam que amanhã, ah, amanhã ia dar certo. Porque quem joga não vive só de ganhar — vive de acreditar. E, para quem acredita, qualquer gesto é aviso, qualquer sonho é mapa, qualquer cigana pode estar carregando o segredo da sorte no bolso do vestido. E só ganha quem joga. E quem joga sabe: só vale o escrito. E assim a vida segue.
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