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BigMax

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Posts posted by BigMax

  1. Os Desejos

    Ah, os desejos... Queremos tudo de uma vez, como crianças numa loja de doces, sem perceber que, para realizar um, muitas vezes precisamos realizar outros antes. Se fôssemos sensatos, listaríamos nossos desejos por ordem de viabilidade e os realizaríamos um a um, como num checklist da vida.

    Não, nossa mente prefere o caos criativo: sonhamos grande, imaginamos o impossível e já estamos morando numa mansão em Malibu antes mesmo de ter pago o aluguel. Quem precisa de lógica quando se tem a mágica da fantasia? Se ao menos a fada madrinha resolvesse aparecer… ou o astrólogo acertasse uma previsão! Ah, aí sim, todos os nossos desejos se realizariam, e viveríamos felizes para sempre.

    Ontem mesmo consultei o oráculo para meu jogo da Megasena acumulada e, como num passe de mágica, os números fluíram em minha mente. Fiquei até um pouco aturdido com a rapidez. Pensei comigo: É hoje!

    Anotei os números e saí correndo para a lotérica, já que o tempo era curto. 

    — Moça, ainda dá tempo de registrar meu jogo? 

    — Dá sim, faltam dois minutos. 

    — Então, registra esse jogo! Moça, vou te contar um segredo: sonho em ganhar na Mega, assim como meu tio. 

    — Seu tio já ganhou na Mega? 

    — Não, moça. Ele também sonha... 

    E assim seguimos: sonhando, desejando e, claro, rindo dos nossos próprios delírios.

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  2. O Sabor da Vida
    Na cozinha da existência, cada um de nós é um cozinheiro. Com mãos habilidosas e corações famintos, temperamos a vida com nossas escolhas, experiências e emoções. O sabor resultante é único, uma mistura de ingredientes que só nós conhecemos.
    Alguns preferem o tempero suave, como um toque de manjericão fresco em uma salada de verão. Eles apreciam a delicadeza da vida, saboreando cada momento com gratidão. Outros, no entanto, optam por sabores mais ousados: pimenta, alho e curry. Para eles, a vida é uma aventura culinária, cheia de contrastes e surpresas.
    Mas, ah, há aqueles que esquecem de temperar. Eles deixam a vida crua, sem sal, sem graça. Como um prato sem condimentos, sua existência parece monótona e sem brilho. Eles não percebem que o tempero está ao alcance de suas mãos, esperando para transformar o banal em algo extraordinário.
    Então, quem tempera a vida? Somos nós mesmos. Cada escolha, cada riso, cada lágrima é um ingrediente que adicionamos à panela. Às vezes, cometemos erros, colocamos muito sal ou esquecemos de adicionar açúcar. Mas é assim que aprendemos a cozinhar melhor.
    Portanto, quando a vida lhe servir um prato, lembre-se: o sabor depende de quem tempera. Escolha seus ingredientes com sabedoria, misture com amor e sirva com gratidão. Afinal, a vida é uma refeição única, e só nós podemos dar o toque final perfeito.
  3. Tudo o que vai acontecer, já está acontecendo. É como se o tempo dançasse em círculos, tecendo o presente com fios invisíveis que se entrelaçam. Precisamos treinar nossos olhos para que não se embacem com as urgências do agora, mas sim para que se alonguem, alcancem horizontes distantes. Assim, poderemos divisar as tendências que se desenham no tecido do destino.

    Quando olhamos para trás, é como folhear um livro antigo, repleto de páginas amareladas pelo tempo. Ali estão os fatos que se repetem, os padrões que se entrelaçam, os momentos que se eternizam. Podemos compreender o passado, mas não podemos alterá-lo. No entanto, o futuro é uma tela em branco, esperando que nossas mãos habilidosas a preencham com cores vibrantes.

    Somos arquitetos do amanhã, construtores de sonhos. O futuro não é visível, mas podemos participar ativamente de sua construção. Como os antigos olhavam para o céu e previam chuva, nós também interpretamos os sinais que nos cercam. O político, atento ao "som das ruas", busca antecipar os ventos que moldarão as decisões. E quando discernimos um simples olhar de flerte, estamos lendo as entrelinhas do destino.

    E, no entanto, há momentos em que o coração bate mais forte, como um tambor anunciando algo grandioso. Nessas horas, podemos ter a certeza de que o Palmeiras será campeão novamente, não apenas pelo jogo, mas pela magia que permeia o ar e nos conecta a algo maior.

    Assim, com olhos atentos e corações abertos, seguimos dançando no círculo do tempo, entre o que já foi e o que ainda será.

    Como será o amanhã?

    Será um novo dia onde renasce a esperança de tempos melhores.

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  4. Insônia

    O tic-tac do relógio, como um martelo suave, ecoava pela noite. Eu permaneci acordado, o suficiente para manter uma conversa com meu travesseiro. Ele não era apenas espuma e tecido; parecia um confidente silencioso, transmitindo mensagens telepáticas. Não, não estou louco ou vivenciando uma paranoia.

    Eu ansiava pelo sono, mas o travesseiro insistia em discutir política. De política, nada mais me interessa, declarei, exausto pelas decepções. Não quero mais ver absurdos... Antes que eu pudesse terminar a frase, o travesseiro "falou":

    "Em política, um absurdo não é um obstáculo."

    Napoleão Bonaparte já havia proferido essa frase. Mas em política, onde se presume seriedade, como poderia haver espaço para absurdos?

    "Você não assiste aos noticiários?", provocou o travesseiro. "Na campanha eleitoral da Argentina, Javier Milei conversou com um cachorro que morreu em 2017. Absurdo, não?"

    Eu relutei. Não posso acreditar em algo tão surreal...

    "Você é inocente", zombou o travesseiro. "Na política, há mais absurdos do que imagina. Por exemplo, o venezuelano Nicolás Maduro afirmou que o ex-presidente Hugo Chávez apareceu para ele em forma de um 'passarinho pequenino' e o abençoou... por meio de assobios."

    Travesseiro, travesseiro, murmurei, você está delirando nas asas da imaginação.

    "Não, não estou", insistiu ele. "Veja o Brasil".

    Não quero mais falar de política, decidi. Agora é hora de pacificar, acalmar os ânimos.

    "Então, vamos conversar sobre sonhos", sugeriu o travesseiro.

    Mas você não me deixa dormir, reclamei. Como terei sonhos?

    "Sonhe acordado", ele respondeu. "Os mais lindos sonhos são quando o pensamento voa, trazendo recordações do passado, vivenciando o presente e imaginando o futuro."

    Embalado pelos pensamentos, adormeci.

  5. Nessa manhã fria de maio, saí para caminhar pelas ruas próximas de casa e encontrei a Candinha, já postada na janela, esperando alguém para comentar algum fuxico. Não teve jeito; tive que interromper a caminhada, pois a Candinha não se importou com o frio e muito menos em interromper a minha caminhada matinal. Ela começou a "dar o seu recado" com os últimos acontecimentos do nosso bairro.

    De nada adiantava meu incômodo com o frio e a caminhada interrompida; eu não encontrava jeito de escapar da Candinha. Por fim, ela insistiu para que eu entrasse e tomasse um café, mas recusei, insinuando que acabara de tomar uma batida de manga com leite. Assim que ouviu isso, ela entrou em desespero.

    - Você quer morrer?

    - Eu não, ainda quero ver o Palmeiras campeão mundial. Nós torcedores esperamos ansiosos pelo Bi.

    - Mas tomou leite com manga, cê não tem juízo não?

    - Isso é um mito do período colonial que tinha um propósito bem claro...

    - Mito que nada! A Joaninha fez isso e escapou por pouco da morte, graças ao Dr. João.

    Na tentativa de mudar de assunto, perguntei se ela já tinha visto o cometa.

    - Eu não estou nem olhando para o céu; rezo toda noite para não cair em tentação e olhar para o cometa.

    - É tão bonito...

    - Bonito que nada! Veja que até o nome dele é do mal.

    - O nome dele decorreu de uma explosão que deu o formato de chifre na cabeça dele.

    - Meu Deus, perdoa esse pobre homem que não sabe o que fala. Imagine fazendo apologia ao Satanás.

    - Que apologia, Candinha? Apesar do nome 'Cometa do Diabo', nada a ver; é apenas um nome devido à sua forma.

    - Você não está vendo a desgraça que ele trouxe ao nosso Brasil? Se ainda não viu, veja a tragédia no Rio Grande do Sul.

    - É uma catástrofe climática por culpa do homem e não uma desgraça decorrente do cometa.

    - Você não sabe nada! E o Gabigol vestir a camisa do Corinthians, vai me dizer que não é culpa do cometa.

    - Candinha, não vamos discutir isso. Eu olhei o cometa, achei maravilhoso. E esse eu não verei mais em minha vida; quem verá serão minhas sementinhas.

    - Endoidou! O homem não tem semente, disse a Candinha. Só pode ser coisa do cometa. E ela fechou a janela.

    Pensei comigo: essa Candinha gosta mesmo é de falar de todo mundo. E eu não vou ligar para mexericos de ninguém.

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  6. A Dança das Estrelas da Sorte é um espetáculo celestial que transcende o visível, desdobrando-se nos confins do universo. As estrelas, como bailarinas cósmicas, entrelaçam-se em movimentos graciosos, formando constelações que narram histórias antigas e revelam segredos profundos.

    Neste balé celeste, cada estrela é uma promessa, um elo entre o céu e a terra. Os visionários, com olhos voltados para o infinito, decifram esses padrões celestiais em busca de sinais. Para eles, as estrelas não são apenas luzes distantes, mas mensagens dos deuses da sorte.

    Dizem que os sonhadores realizam rituais mágicos para se conectar às estrelas. Talvez recitem encantamentos sob o céu noturno ou usem amuletos feitos de meteoritos. Será verdade?

    As escolhas que fazemos na vida são como estrelas em nossa jornada. Cada decisão, cada passo, representa uma centelha de possibilidade. Assim como os marinheiros em um rio misterioso, lançamos nossas redes de esperança, buscando capturar os números que flutuam nas águas escuras do destino.

    As velas do nosso barco são tecidas com fios de datas significativas: aniversários, momentos marcantes, lembranças que ecoam em nossas almas. O leme, esculpido com as placas dos carros que cruzam nossa rua, guarda segredos inscritos em letras e números. Cada combinação é uma pista, um código a ser desvendado no enigma da sorte.

    E assim, os sonhadores navegam nesse rio incerto, guiados pela crença de que a coincidência é apenas um véu que encobre a verdade. Eles buscam os números dourados, aqueles que brilham como estrelas cadentes, prontos para realizar desejos e transformar destinos.

    Na penumbra da noite, quando as estrelas dançam, todos nós somos parte desse espetáculo. Que possamos seguir os rastros luminosos, traçando nossos próprios caminhos invisíveis, conectando-nos aos nossos desejos mais profundos. Que a dança das estrelas da sorte continue a nos inspirar, revelando que o universo é um palco onde todos somos protagonistas de nossa própria história.

    A sorte é um enigma a ser decifrado. Os sonhadores podem encontrar padrões nas estrelas para prever eventos futuros ou encontrar pistas para seus desejos. Eu sei que a Maria vê coisas nas borras de café, o João disse que o trem bateu às 00:25h e ele ganhou com a vaca. Mas a Candinha tem um jeitinho de prever os números da sorte, porém não conta para ninguém. Ops, meu relógio parou às 15 em ponto. Meu Deus, será que é borboleta ou jacaré? 

    Eu acredito que você também tenha seu método, me conte. Gosto de viajar nas asas da imaginação. Se for levantar com o pé direito, nem precisa me contar, pois faço isso todo dia e ainda não ganhei na loteria.

    Boa sorte sonhadores. Feliz daquele que acredita na possibilidade do amanhã.

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  7. O ministério da saúde adverte sobre alguns sintomas que você pode estar sentindo e não tomou consciência ainda.
    Alterações no sono, tais como sonolência diurna, insônia noturna ou cansaço excessivo (inclusive mental), dores nas costas e no mocumbu, implicância com tudo e dificuldade de concentração não é dengue ou corona vírus, é veieira, négócio da idade, coisas de velho mesmo.
    Tome tento, procure por atividades que costumavam ser prazerosas e viva a vida.

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  8. Fórmula Mágica 

    Imagine por um momento que você descobriu uma fórmula mágica para ganhar na loteria. Uma fórmula tão poderosa que poderia transformar qualquer pessoa em um milionário instantâneo. 

    Pois é, eu descobri. 

    A fórmula não é baseada em estatísticas ou probabilidades, mas em pura magia. Ela envolve um antigo encantamento em que você tem que soletrar SPHGF e sussurrar Omesmo por dez vezes. Para ativar a fórmula, você deve recitar o encantamento à meia-noite de uma noite de lua cheia. Vou te alertar que esse encantamento tem um enigma, pois muitos não entendem e fazem confusão na interpretação da receita "soletrar SPHGF e sussurrar Omesmo por dez vezes". Ao terminar o encantamento, os números vencedores da loteria aparecerão em um flash de luz. 

    Se pensam que isso é loucura, repondo que nada é o que parece. Caso ainda tenham dúvidas perguntem ao Eoloco. 

    Uma coisa é certa, quem tentou e acertou ganhou muito mais que pataca ou miudo. Acredite! 

    Uma fórmula mágica da loteria é um sonho tentador, não é? Mas, infelizmente, a realidade é que não existem atalhos para a sorte grande. Mas quem sabe? Talvez a magia esteja apenas em acreditar que podemos alcançar nossos sonhos, não importa quão grandes eles sejam. 

    Independente de acreditar em fórmula mágica eu vou fazer como meu tio quando ganhou na loteria. Ele não recitou a fórmula mágica, ele apenas foi em uma lotérica e registrou seu jogo. 

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  9. Para sua análise.
    Quando fazemos uma postagem nova em um tópico antigo ela logo "sai de cena", pois postagens em tópicos que tem milhares de intervenções todo dia rapidamente tira de foco as referente ao tópico antigo.
    Será que esses tópicos, campeões de intervenção não deveria ter uma seção especial para não tirar de cena rapidamente outros tópicos?
    Os campeões:
    image.png.ded490404a8399d3a1d99a88d4d4ceca.png

     

    @Agua Imantada

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  10. Na minha opinião, deve ser mantido como está. 

    >>>>>>Pessoal, percebi que a maioria publica um arquivo na área de downloads e cria um tópico para divulgar e debater sobre ele.

    Fato. Quando necessário fazemos isso.  
    Uma observação: Tem muitos tópicos que é apenas poluição e deveria ser excluído.
    Exemplo: 

    https://www.comoganharnaloteria.com.br/forum/topico/5896-resultado-1014/

     

    https://www.comoganharnaloteria.com.br/forum/topico/5532-rateio-do-1008/

    e muitos outros desse tipo.

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  11. Você já fez 69? 
    Eu faço hoje.
    Um aniversário traz a sensação de renovação da esperança e de mudanças positivas em nossa vida. Não haverá fogos e artifícios a espocarem, espumantes estourados e festa. Mas aniversário tem a sua mágica e de alguma forma celebramos a vida. Celebramos estarmos dando voltas em torno do sol em companhia de outras pessoas a quem queremos bem e que nos querem bem.
    Vivo a vida do jeito que ela se apresenta. Hoje é uma comemoração e o amanhã é uma incógnita.
    Tenho saudades de ontem, contente com o hoje e cheio de esperança no amanhã.
    A gangorra da vida é mais rápida que a do parque de diversão…
    Pegue seus botões de rosa enquanto pode.
    O tempo está voando.
    Mas nada substitui o aqui e agora, o momento presente. Do ontem ficou a satisfação de ser surpreendido. Do momento, a satisfação de poder recordar, viver e sonhar; em um único instante passado, presente e futuro. Do amanhã espero abrir a janela, olhar para o infinito com a sensação de que a vida é bela. 
    Viva a vida!
    No próximo 70, você tenta (cê tenta) chegar lá e poder esperançar.

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  12. Final de ano é época de reavaliar nossas atitudes durante o ano que passou, de renovar os sonhos e metas para o ano novo que virá.
    É época também de celebrar todas as conquistas vividas e os objetivos alcançados. Esta é a época da virada, é tempo de planejar um ano ainda melhor do que este que se encerra.
    É tempo de reafirmar amizades e olhar para a frente com determinação e otimismo, levando conosco todas as lições que aprendemos.
    Desejo a todos que o próximo ano seja de muitas vitórias e conquistas, que todos os seus objetivos sejam alcançados e que o novo ciclo traga grandes realizações.
    Saúde e Paz.
    Feliz Ano Novo!

    fim de ano.jpg

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  13. Tio da Sukita 

      

    O tempo passa, e a gente, às vezes, não se dá conta.   

    Mas não tem como segurar o tempo, minha força já não aguenta segurar o movimento do ponteiro do relógio.  

    Os cabelos brancos, as dores, o raciocínio lento e as vezes impreciso bradam aos quatro cantos que o tempo se esvai como areia na ampulheta. 

    Tento não acreditar que já sou um idoso. Digo a mim mesmo que não é o meu caso, sinto-me rejuvenescido a cada novo amanhecer e até me arrisco em fazer caminhada a passos de tartaruga, mas com a sensação de estar voando. 

    Hoje vivi uma situação constrangedora, e apesar de ter a visão um pouco enuviada pela presença de uma catarata, na passagem de um avião, moça da cor do pecado e jeito moleca de andar, sem querer balbuciei: Que coisa maravilhosa!  

    A moça estacou no lugar, me olhou dos pés ao cabelo e dedo em riste disse:- Meu senhor, quem gosta de pau velho é orquídea. Se enxergue! 

    Fiquei com uma sensação de que ia desmaiar, que o solo estava se abrindo e eu afundando. Não consegui dizer nada, nem me desculpar foi possível de tão vexado que fiquei. 

    Só posso dizer em minha defesa, que foi algo impensado e sem nenhuma segunda intenção, não sei explicar o que ocorreu.  

    Será que é coisa da idade? Será que a gente com o passar dos anos vira o "tiozão da Sukita"?  

    Meu Deus!  

    Agora, vergonha passada, restou a saudade da juventude e de um tempo que passou. 

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  14. O efeito Pavlov 

    Por menor que seja a probabilidade, só ganha na loteria...quem joga na loteria, e mesmo que não tenha ganhado até hoje, o fato de alguém ganhar já é prova suficiente de que o esforço pode valer a pena. 

    Então lá vamos nós apostar na Megasena da virada, afinal só vai ganhar alguém que registrou sua aposta. A euforia já toma conta dos apostadores e se você ao ouvir ou ver uma propaganda da mega da virada e babar, tome cuidado, é condicionamento ou vício. 

    E vamos que vamos apostar o leite das crianças. 

     

  15. Em qualquer das situações, se estiver errado é o corretor ortográfico e nunca eu. Já não me incomodo mais com isso, vez ou outra corrijo os apontamentos do corretor ortográfico em algum texto.
    O meu desleixo na escrita começou na reforma ortográfica, nunca mais me preocupei e a falada então, dio mio., avacalhei de vez.
    Obs. Meus netos, eu corrijo sempre.
     

     

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  16. Mel 

      

    Mel, meu doce favo de mel, boas lembranças de um tempo passado que não volta mais. Ficaram em minha memória as boas lembranças  do velho tempo e belos dias. 

    Nos conhecemos em uma noite de verão na sala de espera do Cine Belas Artes, na Consolação, em Sampa. Mel, jovem universitária, estilo clássico, aparência simples com seus óculos que passavam um ar de intelectualidade que harmonizavam com outras pessoas do ambiente. Eu totalmente fora de contexto, podia se dizer que era um bicho estranho naquela sala. Cruzamos o olhar por algumas vezes e do nada já estava entabulando conversa com a moça. Papo vai, papo vem e logo percebemos que éramos completamente diferentes um do outro. Só tínhamos em comum o gosto por cinema e livros, mas a temática dos filmes e livros eram diferentes, ou seja, cada um era cada um, nada convergia, mas sentíamos atraídos um pelo outro o que fez que assistíssemos o filme juntos. 

    Na saída, propus comermos uma pizza na Micheluccio Pizzaria e a pizza foi a única coisa que comi naquela noite. Trocamos número de telefone e combinamos assistirmos outro filme em outra oportunidade. 

    O tempo foi passando, nenhum dos dois procurou contato, mas ela ainda povoava meus pensamentos e relembrava a nossa conversa do primeiro encontro até que numa sexta-feira recebi uma ligação dela propondo assistirmos ao filme "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa", Woody Allen, dizendo que essa comédia poderia ser do gosto de ambos. Foi o início de uma bela amizade, de bons diálogos e muita alegria.  

    Tivemos alguns encontros casuais, juntos e separados ao mesmo tempo. Se houvesse celular, naquela época, seria mais ou menos isso: Estou no Jockey Club, vim assistir ao Grande Prêmio e você? Estou na Livraria Cultura, na sessão de autógrafos do Jô Soares. 

    Foram uns 20 encontros, alguns mais íntimos, porém nunca soube mais nada dela, além de um número de telefone que nunca liguei e que morava na Mooca. Voltei para Fartura em 1977, não contei a ela que retornei para não mais voltar. O tempo passou, às vezes lembrava de algum momento que havíamos vivido junto e a alegria da recordação me contagiava. Nunca havíamos falado em sermos namorados ou estreitarmos os laços, não havia obrigação de ligar ou se encontrar, tudo acontecia sem compromissos.  

    Dias desses, recebi uma mensagem assim: Sou a Rosa, companheira da Mel, estou lhe enviando essa mensagem para lhe comunicar que a Mel faleceu em maio. Ela sempre falava de vocês lembrando alguns momentos de suas vidas, do convívio feliz, nos encontros descompromissados. 

    Não consegui respostas as mensagens que mandei e muito menos recebi outras mensagens. A Rosa desapareceu. Até parece ser uma personagem fictícia desse mundo virtual. Em sua página não tem fotos, não há nada. Tudo estranho. Será a Rosa a Mel? Não sei. 

    Restou a saudade da juventude e de um tempo que passou.

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  17. Desde minha fase de pré adolescente gostava de olhar para a lua. Esse olhar se transformava quase sempre em uma viagem fantástica ao mundo dos sonhos onde brincava com a imaginação no torpor hipnótico da contemplação. Em meu imaginário sempre achei ela misteriosa e enigmática evidenciando em suas fases que nem sempre vemos o todo e suas complexidades. 

    Um dia eu ganhei a lua de presente e quem me deu foi a Aurora, uma menina sapeca, cabelos loiros cacheados, algumas sardas em seu rosto e um sorriso sem igual. Nos conhecemos crianças e frequentamos as mesmas escolas até o término do colegial. 

    Ganhei a lua de presente em um mês de julho, era o ano de 1968, e numa das noites frias do inverno ouvi os gritos da Aurora na rua em frente de casa:- Zezinho, venha aqui que eu vou te dar um presente. 

    Não pensei duas vezes, mais rápido que pude fui ao encontro da Aurora e observando que não tinha nada nas mãos e indaguei:- Um presente, onde está o presente?  

    - Feche os olhos e vire-se para o lado do armazém do Rocha. E assim fiz. 

    - Agora abra os olhos... 

    Surpreso, ainda sem entender nada, ela completou a frase. 

    - ...A lua, veja que linda ela está hoje e eu dou-a de presente a você. 

    Fiquei encantado com o inusitado presente.  

    No ano seguinte, os americanos colocaram os pés na lua e me lembro que questionei a Aurora sobre a propriedade da lua e ela com seu lindo sorriso disse: 

    - Ela sempre será sua, eles são invasores.  

    Até hoje, me lembro da Aurora quando contemplo a lua ou a cada novo amanhecer. 

     

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  18.  

    Dias sim, dias não, passo a pensar sobre a velhice, a minha. Não sei se ela já chegou de fato ou vem chegando, sorrateira, um pouquinho de cada vez e iludido não percebo sua presença. Nesses pensamentos, ainda sinto o prazer de olhar a paisagem da janela, curtir os sonhos da eterna juventude nos devaneios da mente, no fantástico mundo interior onde podemos fazer do tempo gato e sapato, ir e vir numa constante fantástica.  

    Dissimulo as dores, imagino que uma caminhada a lentos passos são coisas de um jovem ou que poucos cabelos brancos é sinal de juventude.  

    Mas a realidade...  

    A cada volta em torno do sol acrescenta-se um ano na nossa existência na face da terra e não sendo mais jovem, às vezes a artrite ou sabe-se lá se é artrose, sentimos alguma coisa até na ponta do fio de cabelo. E nesse contexto fui ao geriatra. No final da consulta ele me disse com um certo suspense, voz firme e um timbre de certa forma assustador e irônico ao mesmo tempo.  

    - Meu jovem, cuide-se. Não coma mais carne, tomate, cenoura, não beba cerveja e andar de carro nem pensar.  

    - Dio mio, o que eu tenho doutor?  

    - Você não tem nada, é que está tudo muito caro e aposentado como você deve ganhar uma miséria e talvez fique sem recurso para uma nova consulta. Quero garantir a sua saúde financeira e assim você possa voltar em consulta de três em três meses e garantir o meu $$$.  

    É novos tempos... 

     

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  19.   

    Faziam muitos anos que não ouvia essa frase no sentido de chorão. Ouvi dias atrás assistindo o filme "Mãos Talentosas: A História de Ben Carson", não resisti, me emocionei demais da conta e as lágrimas correram pela face. 

    Minha esposa, que não assistia o filme, vendo o "rio de lágrimas", exclamou: "Manteiga derretida". 

    Assisti na TV dia 4 e recapitulei algumas situações "correndo" o filme pela Netflix no domingo.   

    É um filme para reflexão sobre o papel familiar na formação dos filhos. Uma mãe pobre e analfabeta, perspicaz, que soube lapidar o futuro dos filhos. 

    É acreditar nas possibilidades de trabalhar a mente para alcançar objetivos e agir para que isso aconteça. 

    Você pode não se emocionar, como me emocionei, mas é um filme que vale a pena assistir. 

    Chega de spoiler para não comprometer a expectativa de quem queira assistir ao filme. 

    La vita è bella. 

  20. É ele
    Velhas estórias, contadas em versos e prosas tantas vezes que apesar de inverídicas alguns aceitam como verdadeiras. Nosso personagem, pessoa muito querida, homem de negócio muito esperto, por umas e outras entrou nas anedotas do povo.
    Em sua casa, que ficava em meu trajeto para a escola, abaixo da campainha uma placa "toque e espere", fui um dos que só tocou e muitos faziam isso. E na lista telefônica a especificação de seu ramo de negócio: "compra-se porcos e suínos".
    Em uma de suas viagens, voltando de Ourinhos, próximo ao trevo de Chavantes ele avistou pela primeira vez a placa indicativa da localidade de IRAPE, entrou na via de acesso, estacionou o carro, desceu, soltou uns palavrões preparando-se para "ir a pé" para sua cidade. Por sorte, avistou um carro da Policia Rodoviária e questionou o motivo de ter que " ir a pé". Os policiais lhe explicaram e ele não fez a caminhada. 
    Nosso personagem, vereador em várias legislaturas em uma sessão da Câmara onde se discutia a viabilidade de abastecer uma escola isolada questionou seus pares afirmando que não se achava solução por desinteresse dos nobres colegas, pois achava que era só implantar a rede de abastecimento. Um vereador tentou explicar que em tal escola não havia energia elétrica o que inviabilizaria colocar bomba hidráulica,  a topografia no local também não era favorável, enfim não havia pressão hidrostática e a Lei de Stevin era um impedimento ao projeto. Nosso personagem tomando a palavra falou: -Se a lei de Stevin é impedimento então porque não a revogamos e damos andamento ao projeto.
    Numa ocasião, alguns vereadores iriam a São Paulo e o prefeito solicitou ao nosso vereador que comprasse a bandeira do Brasil e do Estado de São Paulo. Nosso personagem ameaçou desistir da viagem, chegava a suar frio e quando indagado do motivo de tanto desconforto por causa de duas bandeiras, ele respondeu que não tinha muito gosto por cor e que era melhor que outro comprasse as bandeiras para não correr o risco de ele trazer as bandeiras  do Brasil e São Paulo com cores que o povo poderia não gostar.
    Em visita ao governador do Estado, sem agenda pré-determinada, nosso vereador esperava há algumas horas na antessala. Cansado dirige-se a secretária:
    - Vai demorar o governador me atender?
    - Só mais um pouco. O governador esta recebendo um pessoal que veio de Brasília.
    - Avisa ele que eu vim de Santana, um carro muito melhor e devo ter preferência. 
    Se alguém me perguntar se é ele, respondo que é sim, é ele.
     

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  21. Agenor
    Agenor, mascate de profissão e carnavalesco por paixão, vestia-se de preto, magro, alto e tinha um apelido que não gostava. 
    Fez vários carnavais populares aos quais denominavam de "Carnaval dos Pobres" e nesses eventos Agenor se transformava em Pierrô, vestia-se na fantasia de confetes e serpentinas voando nas asas da ilusão. Lembro-me de ter visto a passagem de um bloco nas ruas centrais antes de dirigirem-se ao barracão onde se realizavam os bailes carnavalescos.
    Esse foi personagem de várias estórias. Relato algumas que presenciei e outras que ouvi.
    Agenor jogava bocha como ninguém, seu único defeito era abusar das jogadas de efeito como atirar quando podia jogar ponto etc... Um dia apareceu em Fartura, no Inferninho,  um rapaz sem os dois braços, jogava com os pés, desafiando-o para uma partida de bochas valendo dinheiro. Algumas pessoas presentes patrocinaram o Agenor no desafio, apenas para ver o cara jogar com os pés. Os dois eram bons e a partida caminhava para o seu final muito equilibrado. Um dava show jogando com os pés e Agenor dava show com seus tiros "de seca". Os patrocinadores do Agenor o chamaram ao lado e pediram para que perdesse a partida, pois o intuito não era ganharem a aposta e sim assistirem ao show. Agenor não queria perder e jogava tudo que sabia e mais um pouco para vencer e eis que na última jogada eram necessários 4 pontos para o Agenor vencer e na cancha já estavam 2 pontos garantidos, restando a última bola, ou seja, a partida poderia terminar com uma jogada a ponto e ele venceria a partida, mas Agenor queria dar show e se preparou para um tiro "de seca" desnecessário. Aprumou, correu e atirou... Acertou a bocha como queria, porém a bocha acertou o balim e deixou o adversário com 6 pontos e este venceu a partida. Agenor tremia e suava como ninguém sentindo a derrota tanto quanto os corintianos quando perdem para o Palmeiras e principalmente por ouvir que perdeu para um cara que jogava com os pés.
    Essa estória também ocorreu no "Inferninho" quando funcionava onde hoje é a casa do Bicó. Agenor sentou à mesa para jogar pif-paf e como o dinheiro era curto só entrava na parada quando a mão era muito favorável. Lá pelas tantas saiu batendo em um "between", parada boa e o dinheiro já no fim, o pensamento do Agenor era bater aquela parada e sair da mesa, pois aquele dia o mar não estava para peixe. Estava batendo com o 7 de paus, só ele entre um 6 e 8 que durante as jogadas não foi possível encostar outro 6 ou 8. Alguém bateu e Agenor transtornado foi virando carta por carta do baralho restante até encontrar o "seu bate" e para a sua indignação eram as duas últimas cartas. Solicitou ao português que cuidava do bar do "Inferninho" um pão cortado ao meio e colocou os dois 7 de paus como recheio e comeu o lanche em três bocados.
    Agenor além do carnaval gostava da loteria esportiva. Passava horas a fio riscando cartelas, estudando os jogos e como era impossível registrar as apostas pela incerteza do resultado ou a falta de dinheiro ele fazia os jogos e deixava em algum bar as cartelas marcadas escondidas na prateleira para "ver o que dava" na segunda-feira. Para sacanear, alguns chegavam antes do Agenor e preenchiam uma cartela com o resultado e colocavam no meio das cartelas que ele conferia meticulosamente e mostrava contente para as pessoas comentando que se tivesse jogado teria feito treze pontos. Algumas vezes apareciam duas cartelas vencedoras ( mas não registradas ) com os treze pontos o que sinalizava que ele era bom de palpite mesmo.  Com o tempo Agenor começou a fazer bolões da Loteria Esportiva e houve um final de semana que no sábado teve 12 jogos e o bolão acertou os 12 ficando somente um jogo para domingo. Nesse bolão, um dos participantes ( Edgar ) ainda não havia pago sua cota e o Agenor falava que se o Edgar não pagasse antes do jogo estaria fora do bolo. Agenor se escondia do Edgar para que este não fizesse o pagamento, pois os treze pontos parecia favas contadas. Era uma brincadeira de gato e rato, Edgar procurando e Agenor se escondendo. Edgar pagou sua cota antes do jogo e o bolão completou os 13 pontos no domingo. O engraçado da estória foi que na segunda-feira foi apurado que houve milhares de acertadores e o premio de cada um foi menor que o valor pago pela cota.

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  22. Essa estória é antiga e é fato verídico.
    Um dia, eu e o Ivan estávamos em São Paulo e tínhamos que entregar um ofício na Secretaria de Esportes do governo estadual que naquele tempo localizava-se próximo a estação São Bento do metrô. Entregue a documentação o Ivan sugeriu que déssemos uma passagem na Rua Santa Ifigênia para procurar um artefato eletrônico.
     Entravamos em todas as lojas e encontrado o aparelho o Ivan resolveu comprá-lo. Como o dinheiro disponível não era suficiente, quis parcelar a compra e o comerciante disse que parcelava, mas precisava de um comprovante de residência. Ivan cheio de astúcia pediu um tempo ao lojista solicitando que guardasse o aparelho por umas duas horas que ele vira buscar.
    Saímos e o Ivan falou que precisávamos achar urgente uma casa modesta para que pudéssemos comprovar a residência. Não entendi, mas como companheiro é companheiro acompanhei o Ivan na procura de uma casa pelas ruas do centro. Achamos e o Ivan estudou bem a casa, olhou para todos os lados e certificando de que não havia cachorro ou moradores do lado de fora e me deu a máquina fotográfica e me contou seu plano.
    O Ivan abriu o portão, sentou na escadaria próxima a casa e eu bati a foto. Encurtando a conversa ele levou a foto ao lojista e falou aqui está meu comprovante de residência. Pode parcelar que eu vou levar o aparelho.
    O lojista riu tanto e só parou quando o Ivan ficou bravo e disse: Vai dizer agora que preciso trazer a escritura também. O lojista percebendo a ingenuidade do Ivan falou que estava tudo certo e que iria vender para ele.
    O lojista piscou e me segredou: É a minha casa.
    Sabe de nada. Inocente o nosso amigo Ivan. 

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  23. O sonho 

      

    O sonho pode ser entendido como prenuncio? Uns dizem ser um bom palpite para o jogo do bicho. Não sei exatamente o que dizem Freud ou Jung, mas fico apenas com o nosso senso comum de que sonho é um vaticínio para as nossas loterias. 

    Uns mais, outros menos, alguns em cores e detalhes, mas todos sonham. O meu sonho foi bem simples, apesar de colorido não tinha muitos detalhes.  

    Na verdade, tinha diálogos e no linguajar popular as frases sempre começava com "useis"(vocês). Ao acordar, constantemente vinha a frase "useis" em minha mente, não sei o motivo e comecei a ficar intrigado. O cenário do sonho era uma construção. 

    Não entendendo nada da interpretação de sonho, apenas deduzi que deveria tentar uma construção de uma matriz para a Lotofacil usando o 6 (useis). 

    Então, só resta tentar a sorte e fazer um estudo usando a repetição de 6 dezenas do concurso anterior. Assim fiz. 

    Vou ganhar? Como dizia a "Mãe DinaH", confirmado pelo "Pai de No", só ganha quem joga. Quem sabe nesse concurso 2320 eu consiga a "Independência". 

    Sei não, mas já fiz o meu jogo, "alea jacta est" ( a sorte está lançada ). 

    Vamos aguardar o resultado para saber se fiz a interpretação correta. E você sonhou com diretamente com a loteria ou vai ter que "interpretar" seu sonho, afinal nos dias atuais que brasileiro não sonha com um pote de ouro. 

    Boa Sorte! Ou melhor, Boa Interpretação do Seu Sonho. 

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