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Os Entusiastas

É sempre curioso observar como certas figuras surgem em fóruns e grupos de discussão com um entusiasmo quase teatral. Chegam com palavras doces, elogios bem colocados e uma aura de colaboração que beira o altruísmo.
“Excelente ideia!”, dizem. “Já pensou em expandir para tal direção?”, sugerem. “Se precisar de ajuda, estou por aqui!”, garantem.
Mas, como folhas levadas pelo vento, somem tão rápido quanto chegaram.
Não há continuidade, não há construção conjunta — apenas o rastro de perguntas cuidadosamente formuladas, sempre mais interessadas em extrair do que em contribuir. E o mais fascinante é que raramente quebram regras. São cordiais, educados, até simpáticos.
Em algumas postagens, percebo a iteração de certos pescadores de ideias: lançam iscas sutis, tentando arrancar informações que possam servir de ponto de partida para suas criações derivadas das já publicadas. Mas sem devolver nada à corrente. São os mestres da pesca intelectual — lançam redes tecidas com empatia e incentivo, mas o que buscam, no fundo, é o filé da ideia alheia. Não para somar, mas para levar. Não para construir, mas para replicar silenciosamente em seus estudos particulares, que jamais verão a luz do compartilhamento. 
Se a pessoa não tem como contribuir, penso que bastaria curtir a postagem — se gostou, é claro. Seria um gesto de incentivo. 
Há também os que desviam o rumo dos tópicos, introduzindo assuntos que nada têm a ver — como imagens de videogames em discussões sobre loteria. Difícil entender o que leva alguém a esse tipo de dispersão.
No fim das contas, fóruns são como hortas coletivas: uns semeiam, outros regam, e há quem venha apenas colher — sem nunca sujar as mãos de terra.
Eu, por minha vez, desenvolvo ideias em algumas postagens. Nada evoluiu a ponto de dizer que descobri a formula mágica. 
Sou um sonhador,  na esperança do improvável. Vai que, em meio a uma boa postagem e com a ajuda das inteligências artificiais, conseguiremos domar a sorte.
Um fórum de loteria é repleta de ventos caprichosos que sopram pelos vastos tópicos lotéricos e um dia, quem sabe, tenhamos o mapa da mina.

Se nada der certo, a diversão é garantida. Um passatempo movido a esperança de dindin $$$$.
E viva a vida — que é bela. Tão imprevisível como a loteria.
 

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